Atualidade
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) lança o cartaz "Abordagem do angioedema no Serviço de Urgência", disponível no material educacional do Grupo de Interesse de Anafilaxia e Doenças Imunoalérgicas Fatais da sociedade. Este cartaz tem como objetivo ajudar na identificação e tratamento mais adequado de situações potencialmente graves como o angioedema com compromisso da via aérea e no contexto de anafilaxia e de patologias raras, como o angioedema hereditário.
O aumento das reações alérgicas pode estar ligado à hormona libertadora de corticotropina (CRH), sugere um estudo publicado no International Journal of Molecular Sciences. Estes resultados podem ajudar a clarificar o mecanismo pelo qual a CRH induz a proliferação de mastócitos (MC) - agentes envolvidos no desenvolvimento de alergias na cavidade nasal humana (Mika, Yamanaka-Takaichi. Et al. International Journal of Molecular Sciences, 2021).
A avaliação da de broncoconstrição induzida pelo exercício (BIE) é demorada e dispendiosa, uma vez que requer um laboratório de funções pulmonares totalmente equipado. A análise de compostos orgânicos voláteis (COVs) no ar expirado é uma nova técnica para examinar biomarcadores que podem associar-se a características de asma. O objetivo deste estudo-piloto foi identificar potenciais marcadores na relação entre o BEI e os COV em crianças asmáticas. Este estudo-piloto (van der Kamp et al. Allergy, Asthma & Clinical Immunology. 2021) mostra que o BIE estava relacionado com um aumento de dois COV em crianças asmáticas naive a corticoesteroides, que os tornam biomarcadores candidatos para permitir o diagnóstico não invasivo do BIE neste setting de doentes.
Com o objetivo de divulgar informação credível e de apoiar os doentes na sua jornada, acaba de ser lançado o primeiro site sobre polipose nasal. Apesar de ser uma patologia ainda pouco conhecida, tem um enorme impacto no dia a dia dos doentes e na sua qualidade de vida, privando-os de experiências sensoriais importantes.
O Serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) comemora os 60 anos de atividade assistencial. Para assinalar esta data, irá realizar no dia 26 de novembro, uma sessão comemorativa na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), cujo objetivo passa por revisitar o passado não deixando de refletir sobre o presente e perspetivar o futuro da Imunoalergologia no CHULN.
Um estudo revelou que uma proporção significativa dos pais identificou sintomas de alergia alimentar atribuíveis a exposições indiretas por amamentação e sugere que os bebés com reatividade clínica percetível pelos pais ao amendoim através do leite materno podem ter menos probabilidades de ganhar tolerância. Os bebés com reatividade relatada pelos pais ao ovo através da exposição ao leite materno eram mais propensos a relatar alergias alimentares múltiplas.
A rinite alérgica (RA) é uma das doenças crónicas pediátricas mais comuns sendo, no entanto, frequentemente objeto de diagnóstico e de tratamento. O uso não orientado de anti-histamínicos de venda livre de primeira geração pode frequentemente levar a uma série de efeitos secundários ligeiros a graves do sistema nervoso central, overdose acidental e mesmo à morte devido à atividade anticolinérgica associada em crianças, mesmo nas doses recomendadas. Como tal, as guidelines de tratamento recomendam agora o uso de anti-histamínicos não sedativos de segunda geração, particularmente em crianças.
Os resultados finais do Estudo de Extensão Aberta (OLE) do ensaio de Fase 3 HELP (wide-range prophylaxis of hereditary angioedema) desenhado para avaliar a segurança a longo prazo (objetivo primário) e eficácia de lanadelumab 300 mg a cada duas semanas, durante um período máximo de 2,5 anos, demonstram que o tratamento preventivo com lanadelumab reduziu significativamente a frequência de crises de angioedema hereditário (AEH) em doentes com 12 anos ou mais e que receberam tratamento durante um período de duração médio de quase 2,5 anos (29,6 meses; desvio padrão: 8,2). Os dados foram publicados na revista Allergy.
Uma revisão sistemática e meta-análise recente (Alhumaid, Saad; et al.BMC Allergy, Asthma & Clinical Immunology. 2021) procurou estimar as taxas de incidência de reações anafiláticas e não anafiláticas após vacinas COVID-19 do mRNA e descrever as características demográficas e clínicas, desencadeantes, apresentando sinais e sintomas, tratamento e curso clínico dos casos confirmados. A estimativa global das reações anafiláticas foi de 5,58 por milhão e todas as reações, anafiláticas e não anafiláticas associadas à vacina foram mais prevalentes nas mulheres, na maioria dos estudos.
Já vários estudos primários sugeriram uma associação entre a rinite e a incidência da depressão, mas produziram resultados inconsistentes. Para esclarecer esta potencial relação, foi conduzida uma meta-análise (Wang, Jing, et al. BMC Allergy, Asthma & Clinical Immunology. 2021) de estudos que confirmou uma associação entre a rinite e o risco aumentado de depressão.