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Os investigadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, estudaram a correlação entre as concentrações de dióxido de azoto (NO2) em mais de 13 mil cidades bem como os casos de asma entre 2000 e 2019. O NO2 é um gás emitido pelos carros através da combustão e por instalações industriais, que, posteriormente, é inalado pelos cidadãos.
A relação entre alergias e sinusite, embora amplamente estudada, continua pouco clarificada. Enquanto vários estudos propuseram uma relação causal entre a alergia e a sinusite crónica, vários outros negam a existência de qualquer associação existente. O estudo presente, que procurou esclarecer a relação entre as duas comorbilidades, conclui que as alergias estão relacionadas com a incidência de sinusite e é provável que o estado de sensibilização a aeroalergénios possa reduzir a incidência de sinusite, embora de uma forma dependente do alergénio.
Descobertas sobre a asma e peso à nascença corrigido para a idade gestacional têm sido inconclusivos. Para aprofundar e esclarecer a relação entre o peso à nascença corrigido pela idade gestacional e o início posterior de asma, foi conduzida uma meta-análise que concluiu que o peso do bebé corrigido para a respetiva idade gestacional não tem relação com o risco posterior de asma.
Há uma necessidade urgente de saúde pública em saber se as crianças com asma devem ser vacinadas contra a COVID-19 e, em caso afirmativo, qual o subgrupo de crianças com asma que deve ser priorizada. Segundo um estudo de coorte escocês (Shi, Ting. et al.The Lancet Respir Med.2021) as crianças com asma mal controlada (definida quer por admissão hospitalar anterior por asma ou por prescrição de corticoides orais) tinham um risco significativamente acrescido de admissão hospitalar COVID-19 em comparação com as crianças com asma bem controlada ou sem asma.
Doenças atópicas como o eczema, alergia e asma constituem um grande problema de saúde pública que afeta até 30% das crianças em idade escolar. A suscetibilidades genética por si só não explica a elevada prevalência de doenças atópicas. Por outro lado, as exposições ambientais, em parte através de mudanças no sistema imunitário em desenvolvimento, poderão ter grande influência no desenvolvimento de doenças atópicas.
A SPAIC, a fim de fomentar no país o desenvolvimento de linhas de investigação específicas na área do angioedema hereditário, confere o prémio de investigação em Angioedema Hereditário 2022 com o patrocínio da TAKEDA.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) alertou para a importância do diagnóstico correto do angioedema hereditário, uma doença rara cujos sintomas são muitas vezes confundidos com alergias, o que atrasa a identificação e o tratamento.
A asma é um grave problema de saúde pública global que afeta todos os grupos etários, com prevalência crescente em muitos países em desenvolvimento, com aumento dos custos de tratamento, e uma carga crescente para os doentes e para a comunidade. Atualmente, o diagnóstico e o tratamento da asma são frequentemente baseados em sintomas e resultados do teste de função pulmonar. No entanto, estes podem não ser capazes de prever futuras exacerbações. Um estudo observacional recente (Wang, D; et al. Allergy, Asthma & Clinical Immunology.2021) concluiu que um aumento do nível de proteína 14-3-3β do soro pode estar associado à inflamação das vias aéreas e à deficiente desobstrução brônquica na exacerbação aguda da asma.
O controlo da asma em adultos mais velhos depende de muitos fatores. A asma nos adultos mais velhos difere de asma nos jovens em muitos outros aspetos, incluindo suscetibilidade genética, influências ambientais, patogénese, tipo de inflamação das vias aéreas, curso da doença, comorbilidades, taxa de hospitalização, e outcomes do tratamento. A maioria dos estudos centra-se em crianças e adultos ou em doentes sem comorbilidades. Neste contexto, foi analisada num estudo retrospetivo (Zhang, Y; Lewei H. Allergy, Asthma & Clinical Immunology.2021) a prevalência e as características de doentes mais velhos com asma brônquica para alcançar melhores outcomes nestes doentes.
Um estudo desenvolvido na Universidade de Queen Mary, em Londres, publicado na revista Thorax, concluiu que a rinite alérgica, o eczema e a asma funcionam como fatores de maior proteção contra o SARS-CoV-2. Além disso, o estudo revela que os fatores de risco que levam ao desenvolvimento da COVID-19 diferem daqueles que levam ao estado grave e crítico da doença.